terça-feira, 22 de novembro de 2011

São só perguntas de um futuro bobo

“Querido diário, sinto que não me suporta mais, venho a todo momento me queixar da falta, da saudade... Já te ouço gritando, e escrevendo por si só: Romantismo amargo...”

Eu não tenho a menor paciência para aguardar decisões ocultas. Estamos visivelmente bem e eu quieta gritando em cochichos minhas desconfianças.
Em verdade, esperava que vinhesse com uma vida só pra gente, sem passados e outros relacionamentos.
Esperava que construíssemos concepções nossas, visão em conjunto, entende?
Não me preparei para opiniões contrarias, para nostalgias amorosas, eu queria apagar o mundo ....queria que vivesse pra mim, ou de mim, pouco importa.
Está pouco importando agora....
Está pouco importando agora...
Assim, vamos medindo os poucos, os excessos.
Demais com pouco, excesso de desimportância, e essa palavra existe no dicionário ou só pra gente?
Estou com uma agonia medíocre aqui, sem endereços, e com pacotes.
As minhas cargas já estão um tanto pesadas.
Há como solicitar um assento mais aconchegante e uma xícara de chocolate quente para que eu assista a segurança zombar de mim, porque não a tenho?
Sinto minhas declarações vazias, pela inexistência da reciprocidade.
Sinto minhas mãos secas, sem emoção.

Mas ainda assim, é só o que eu consigo sentir.
Existe mais? Existe um "nós" dentre tantos pronomes?
O que existe?
Você leu o quê aqui?
Só por contar...quem mesmo que escreveu?
 
Carolinie Martins
OMG: Naiara Araújo

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