domingo, 25 de março de 2012

Olá! Eu sou Tão Jovem e Tão Fraca

‎" E do inicio ao fim, mesmo com todos, eu caminhei só..."


Eu tenho pavor de adoecer. Por ironia ou qualquer que seja o motivo que eu evito pronunciar, sempre me escondo das enfermidades. Estas se aproveitam e me invadem por me ver sozinha. E de novo, acreditando em mim como fortaleza; mesmo que um espirro à toa me quebre as pernas.
Diante de algumas dezenas de problemas não seria o físico a me deixar fraquejar,ou que vá, ele mesmo me deixando derrubar.
Olá! Eu sou Tão Jovem e Tão Fraca.
Eu deixei de pedir socorro muito cedo, no mesmo momento prematuro em que cair e mesmo não caminhando por conta própria, eu me cuidei e curei. Não curei a doença, seguindo o primeiro pensamento, ela não me apagaria. Curei a angústia do estado solitário e da falta que alguém causava, curei a adolescência e me adiantei em curar a possível e mórbida depressão que vinha dos genitores.
Mas tem parte que não sara, e tem uma parte que "a gente" se obriga matar.
Do contrário, ela acaba matando "a gente". 


Carolinie Martins

terça-feira, 20 de março de 2012

Para uma velha amiga

Minha Sá,

Eu fui andando em direção a uma velha casa hoje a noite, lembrando como era bom só chamar e poder sentar chorando declarando meus milhares de conflitos. Ainda estou meio chateada, mas acredite eu procurei alguém pra conversar e dar algumas risadas. Não pensei que acharia, e foi o que aconteceu.
Eu chorei esperando um ônibus, e senti muito medo de estar na rua tão tarde.
É porque esse tipo de coisa você não divide com um conhecido na fila do pão, você não abre em família tão pouco se apoia em quem vê do lado.
Se bem que nessas últimas horas eu juro que olhei e não vi ninguém. Quando não se tem muito, uma palavra te sustenta por mais algum período. Eu só vi mudos.
As pálpebras insistentes fecharam os olhos de quem eu mais esperei um olhar de consolo.
Ah, santa paciência. Pra esperar tanto de tão pouco.
Eu andei exageradamente e minhas pernas não sentiram absolutamente nada.
Há dois meses me tornei a pessoa mais frágil, o que nem de longe se parece com a minha  personalidade original.
Não almejo superações grandiosas, apenas uma postura humana, nada rasteira.
De  tudo, não luto mais por nada. Estou aqui, se Deus quiser me dar uma chance, ótimo, a usarei.
Desculpe os reclames noturnos, mas ainda quero aquele abraço.
E ainda quero viver!

Carolinie Martins
Omg: Caroline de Sá