sexta-feira, 6 de maio de 2011

Vulnerabilidade escrita.

" (...) Não sei qual os motivos para o caminho que escolhi, acho que vi teus passos nele e seguir...."
♪(Chorei - Tami Cerqueira)


Eu tomo o toque, o beijo, o perfume, o sono, mas ainda assim falta a batida saliente no seu peito.
Você parece tão frágil quanto ameaçadora.
E mais uma vez critico paixão, porque me nego a acreditar no pronome oblíquo que segue o termo:
"Me apaixonei"
Como da vez que gritei: " EU NÃO DEIXEI ISSO ACONTECER!"
Aconteceu.
O pronome só me confunde. Foi comigo, mas não por mim. 
Me entende?
Bom, acho que não. Isso quase nunca acontece.
E a história se segue....
Tentei eu manipular o objeto observado. 
Entrando numa aventura só minha, mas pisando em terreno ocupado, instável.
Colocando-me mais uma vez como normal, sem que eu mesma acredite nisso.
Hum...
Todos os detalhes que guardei em observações discretas, teorias que criei pra entender seus comportamentos se perderam quando desejei sentir o mistério de perto, tocar.
E você....?
Você aí, curiosa pra sentir minha vulnerabilidade escrita.
Mesmo ouvindo de mim, ainda que implicito, os meus desejos vorazes, minhas inseguranças neuróticas.
Porque minhas palavras ditas são soltas, e quase que sem nexo algum.
Mas eu entendo, o ego lateja na certeza.
Aqui entre nós.....já não há certeza?
Meus joguinhos de manipulação vão perdendo o sentido à medida que sua presença vai se estendendo, que seu corpo vai se insinuando e que eu vou me derretendo.
E agora, minhas linhas estão se esgotando porque de tanto lembrar acabo sentindo seu gosto.
E já não há sanidade pra continuações. 
É tentador esse escravismo sentimental, mesmo estando adaptada.
Expondo-me: Estou te querendo....



Carolinie Martins
Omg: S. N. S. L.

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