Embora consciente de que não nos pertencemos mais, transcendo todos os
espaços e barreiras que há entre nós e inexplicavelmente passo a ser tua
e tu passas a ter o melhor que há em mim.
Passei a existir em todos
os nossos momentos e tentei imaginar cenários onde as palavras se
encaixassem, só consegui fixar a tua imagem, a tua presença infantil,
doce como me tentavas naquelas noites em que nos perdíamos ...
Olhei o teu retrato gasto pelo tato...,
Recordei memórias proibidas, palavras sem eco...
Como
se num papel pudéssemos eternizar o instante, congelar a realidade, na
esperança de um futuro escolhido, não sei se foi à saudade que se
infiltrou no meu sossego ou apenas a nostalgia de um dia de outono, mas
Lembro-me de todas as aventuras e loucuras que fizemos e tudo que
passamos...
Ficam as memórias de um tempo sem tempo, de um espaço
onde o sol e estrelas coexistiram em harmonia perfeita, de um sonho por
inventar.
Deixo-te no silêncio de um adeus, de um beijo roubado pela
saudade que sinto... Muitas... Esta que de intensa, refleti nos meus
sonhos uma realidade conturbante onde amar é um doce desejo inadequado e
rapidamente percebo que o amor que carrego é nobre e teu, mas mal
entendido e aceite. Quero poder ir ao infinito da tua alma e
misterioso mundo teu, para correr a tua presença e dizer que ainda te
amo e que será sempre a minha morena mais linda.
Nayara Araújo
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